Mundo do entretenimento pede socorro. Profissionais querem voltar a trabalhar

Enquanto estádios de futebol estão lotados, baladas clandestinas infestam as cidades e eventos promovidos pelas autoridades públicas são repletos de pessoas sem máscaras e sem respeitar as devidas medidas sanitárias, o seguimento do entretenimento está praticamente paralisado.

Desde o início da pandemia, profissionais estão desempregados, e muitos artistas tiveram que se reinventar por meio das “lives” com equipes reduzidas.

Agora o país se prepara para mais uma disputa eleitoral, quando serão eleitos deputados estaduais e federais, governadores, senadores e Presidente da República, processo que deverá gerar grande movimentação entre a população brasileira.

Nesta terça-feira, dia 25, a final da Copa Paulista de Futebol Júnior, a “Copinha” recebeu uma multidão de torcedores, cuja organização, não observou as medidas sanitárias, mesmo estando o Estado de São Paulo em uma escala ascendente de casos de Covid e de síndromes gripais. Foram 20.814 pagantes ao estádio.

Os artistas brasileiros, tanto a nível nacional, regional ou local, pedem para que as autoridades também “olhem” para o entretenimento, como feito pelo cantor Wesley Safadão, ainda em 2020, durante desabafo público (Confira vídeo).

“São muitos pais de família que precisam voltar ao trabalho para poder levar dignidade aos seus entes queridos”, comentou um promoter.

Em Guaíra, basta circular o Parque Maracá para observar que as condições sanitárias não são respeitadas, as casas de festas estão lotadas, inclusive com balada terminando com disparos de arma de fogo no final de semana.

Artistas e profissionais do entretenimento pedem condições para voltar ao trabalho. “Enquanto todos os setores voltaram a funcionar plenamente e outros nem pararam, fomos marginalizados e nossas equipes estão passando por dificuldades”, comentou um cantor local.

Em um breve levantamento, o Portal Guaíra Informa, listou uma pequena parte dos profissionais e equipes que estão, praticamente, sem trabalhar há dois anos.

– pilotos para deslocamento, motoristas, montadores de cenários, carregadores, produtores de camarins, produtores de som e de painel de led, equipes de sonorização, locações de arena, iluminadores de palco e arenas, músicos, cantores, peões, palhaços, salva-vidas e tropas (em rodeios), aluguel de fechamentos, banheiros químicos, designer de interiores, comerciantes de bebidas e alimentação, catadores de recicláveis, higienizadores de ambientes, aluguel de acessos, seguranças, brigadistas, equipes de urgências com ambulâncias, médicos e enfermeiros, promoters e suas equipes, locutores, DJs, tendas, mídias faladas, escritas, visualizadas e digitais, geradores de energia, sistema de monitoramento, bombeiros civis, distribuidores de bebidas, garçons, materiais de construção, dentre vários outros.

Ainda são movimentados profissionais dos setores indiretos quando da realização de eventos como: hotéis, salões de beleza, restaurantes, assessorias jurídicas, supermercados, e vários outros, além do recolhimento de impostos para os municípios.

De acordo com artistas regionais, os mais afetados com a pandemia, o que é pedido é para que sejam discutidas medidas para que os shows sejam retomados, já que para outros tipos de eventos sempre são encontradas soluções para que possam acontecer.

“Estamos cientes dos problemas com a pandemia, no entanto a vacinação avançou bastante em Guaíra e no Brasil. Que sejam estipuladas normas rígidas, mas precisamos voltar a trabalhar. A Lei deve ser igual para todos”, desabafou um locador de som local.