EM GUAÍRA: ÁGUA ENVASADA DO BALNEÁRIO. PODERIA REPRESENTAR VIOLAÇÃO SANITÁRIA
O vereador Edvaldo Morais (PSDB), durante seu pronunciamento na sessão ordinária da Câmara Municipal desta terça-feira, 29, apesar de elogiar a reforma feita no Balneário Municipal, Policarpo Cardoso da Silveira, reinaugurado pela administração guairense, na última segunda-feira, alertou para a distribuição de água do local envasada em copos, o que poderia sugerir uma grave violação sanitária.
De acordo com o parlamentar desde 2015, quando a máquina de envasamento foi comprada na administração do prefeito Sérgio de Mello, nenhum administrador conseguiu a liberação sanitária, que é extremamente difícil, para fazer o envase da água.
Em dezembro de 2021, o Portal Guaíra Informa, quando teve início os rumores do envasamento da água do balneário, fez uma matéria sobre o assunto, ouvindo inclusive o ex-diretor do DEÁGUA, Lucas Froner, que explicou as dificuldades para conseguir a autorização sanitária para o procedimento. O ex-diretor cita inclusive, que tal informação é de conhecimento da equipe técnica da autarquia.
Em nota Lucas Froner esclareceu que a Vigilância Sanitária em Barretos, em consulta feita pela autarquia, informou que a água quando envasada configura industrialização, tendo que atender a vários padrões previstos em Legislação, inclusive a nível Federal. Por fim, segundo Lucas, a Vigilância Sanitária afirma que, embora sendo potável, a água do Balneária Municipal não pode ser envasada, mesmo não sendo comercializada.
Confira a íntegra da nota do ex-diretor do DEAGUA, Lucas Froner.
“No ano de 2017 por meio do Ofício GVS XIV nº 014/2017 o Grupo de Vigilância Sanitária em Barretos esclareceu que o envase caracteriza a industrialização da água e que as águas sujeitas aos processos de industrialização e envase têm que atender aos padrões estabelecidos em legislação, inclusive federais (RDC Nº 173/2006). A água em questão atende ao padrão de potabilidade e pode ser utilizada para abastecimento público, mas NÃO pode ser industrializada, mesmo não sendo comercializada.
Sobre a atuação da Vigilância Sanitária Municipal o órgão atuou com isenção respeitando os preceitos da normatização e fiscalização exigidos.
Todas as informações sobre o processo são do conhecimento do Departamento de Controle de Qualidade e encontram-se arquivadas na autarquia”, escreveu Lucas Froner.
Edvaldo Morais disse que, caso, a administração conseguiu a liberação sanitária para envasamento da água, merece parabéns, mas caso contrário se colocou a disposição para trabalhar junto para conseguir essa conquista.