A Chefe do Departamento de Controle de Vetores de Guaíra, Aparecida de Oliveira, pelas redes sociais, confirmou que o município tem, até o momento, 18 casos positivos de dengue com mais 10 casos suspeitos da doença.

Aparecida alerta para o grande número de criadouros com muitas larvas do mosquito Aedes Aegypti, transmissor não só da dengue, mas também da febre amarela, zika vírus e Chikungunya, que estão sendo localizadas pelas equipes de fiscalização nos imóveis guairenses.

A Chefe do Departamento respondeu aos questionamentos sobre o por que de em Guaíra não ser realizada a nebulização de veneno contra os pernilongos, o chamado “fumacê”, para frear a proliferação dos insetos.

“A nebulização é o último recurso a ser utilizado. Quando todas as etapas falharam só resta a nebulização. O importante é nos conscientizarmos e eliminar criadouros. Minha equipe tá trabalhando muito, atendendo todos os suspeitos e casos positivos que chegam para Unidade de Controle de Vetores. Infelizmente estamos encontrando muitos criadouros e com número muito elevado de larvas. A nebulização só mata o inseto “alado”, ou seja, o pernilongo que já está voando e se o veneno entrar em contato com ele. Esta é uma forma ineficaz de combate porque a larva o veneno não mata. O que precisamos, repito, é eliminar criadouros. Guaira hoje tem 18 casos positivos e 10 aguardando resultado de exames”, salientou Aparecida.

SINTOMAS E EVOLUÇÃO DA DOENÇA

A dengue pode variar desde uma doença assintomática (ou seja, sem manifestação de sintomas), até quadros graves com hemorragia e choque, podendo causar morte.

Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Também é comum ocorrerem náuseas e vômitos, que resultam em perda de peso.

Nessa fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita.

No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. Porém, algumas situações podem evoluir para as formas mais graves da doença, apresentando os seguintes sinais de alarme:

• Dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdome é tocado;
• Vômitos persistentes;
• Acúmulo de líquidos;
• Sangramento de mucosas (principalmente nariz e gengivas);
• Letargia (perda de sensibilidade e movimentos) ou irritabilidade;
• Hipotensão postural (tontura e queda de pressão em determinadas posições)
• Hepatomegalia (aumento do fígado) maior do que 2 cm;
• Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue).

Nos casos mais graves, esses sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma é perdido. Os sinais desse estado são pulso rápido e fraco, diminuição da pressão, extremidades frias, pele pegajosa e agitação. Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito em 12 a 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada.

PREVENÇÃO

O único jeito de prevenir a doença é o combate ao mosquito da dengue.

Para isso, é fundamental manter o domicílio sempre limpo e atentar ao acúmulo de água em locais abertos, evitando assim a proliferação de mosquitos.

Em caso de surtos, roupas que minimizem a exposição da pele podem proteger contra as picadas do inseto, assim como mosquiteiros e telas para janelas e portas. Repelentes também podem ajudar, desde que usados conforme as instruções do rótulo.

Os inseticidas domésticos também são ótimos aliados para evitar as picadas dos mosquitos em ambientes fechados. Eles podem ser encontrados nas versões aerossol, espiral ou vaporizador.