Durante entrevista à Rádio Sefe FM nesta quinta-feira, 12, o prefeito Antônio Manoel da Silva Junior, Junão (MDB), dentre os vários assuntos abordados, afirmou que recebeu, da gestão anterior, o DEÁGUA, Departamento de Esgoto e Água de Guaíra, no “vermelho” e com dívidas e que agora, com sua administração a autarquia está no “azul”.

Como o relato do Chefe do Executivo contradiz as afirmações do ex-prefeito e atual vereador, Edvaldo Morais (PSDB), o Portal Guaíra Informa procurou pelo parlamentar para que o mesmo se posicionasse sobre o assunto.

Morais encaminhou documentos enviados pelo próprio Prefeito Junão â Câmara Municipal, em resposta ao seu requerimento que solicitava os saldos dos caixas da Prefeitura e do DEÁGUA em 31 de dezembro de 2021, pouco mais de 50 dias que o atual governo havia assumido a administração guairense.

De acordo com o relatório assinado pela diretoria do DEAGUA, naquela data, a autarquia tinha em caixa R$ 1. 695.122,25 (Um milhão, seiscentos e noventa e cinco mil, cento e vinte e dois reais e vinte e cinco centavos), saldo que demonstraria que o departamento não estaria no “vermelho”.

Edvaldo também afirma que sua gestão não deixou dívidas na autarquia e que irá notificar o prefeito Junão a apresentar quais seriam essas dívidas mencionadas. “Irei notificar o prefeito. Quero que ele apresenta quais dívidas foram deixadas no DEAGUA no meu governo. Deixamos dinheiro em caixa, mesmo vivendo dois anos sob a pandemia da Covid”, disse Morais.

O vereador também relatou que no governo anterior o DEAGUA ainda teve que devolver R$ 3.125.000,00 (Três milhões, cento e vinte e cinco mil reais) do aumento, considerado irregular pela Justiça, na gestão do ex-prefeito Sérgio de Mello.

“Além do saldo em caixa, o DEAGUA tem quase R$ 3 milhões para receber de contas de água (R$ 2.927.812,12). Se tivéssemos deixado no vermelho ou com dívidas, a atual diretoria não estaria executando obras”, comentou Morais.

O vereador também lembra que durante a pandemia não foram feitos reajustes nas tarifas de água e os cortes nos abastecimentos dos inadimplentes não podiam ser feitos.