AÇÃO MIRA A LAVAGEM DE DINHEIRO DA EXPLORAÇÃO DE JOGOS DE AZAR

Uma grande ação do GAECO, (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), foi desencadeada nesta quarta-feira, 22, em diversas cidades do Estado de São Paulo, contra o esquema de lavagem de dinheiro oriundo da exploração de jogos de azar. Cidades da região como Barretos, Miguelópolis, Rifaina e São Joaquim da Barra, foram alvo da ação dos promotores.

Confira a nota expedida pelo núcleo de comunicação do Gaeco.

OPERAÇÃO NOTEIRO

Deflagrada pelo GAECO na data de hoje em atuação cooperada com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Polícia Civil e Polícia Militar, estão sendo cumpridos 76 mandados de busca e apreensão nos municípios de Barueri, Francisco Morato, Santana de Parnaíba, São Paulo, Campinas, Itatiba, Itupeva, Itaquaquecetuba, Piracicaba, São Pedro, Ribeirão Preto, Guarujá, Praia Grande, Barretos, Franca, Miguelópolis, Nuporanga, Rifaina e São Joaquim da Barra.

A investigação tem como objetivo o desmantelamento e responsabilidade criminal de organização criminosa de lavagem de capitais decorrente da exploração de jogos de azar por todo o país. São investigadas 33 pessoas, além de diversas pessoas jurídicas.

O esquema aproveitava-se da constituição de empresas formais que, ao realizarem negócios entre elas e emitirem documentos fiscais referentes às transações, acobertaram movimentação financeira decorrente da exploração de jogos de azar no valor apurado de R$170.000.000,00 (cento e setenta milhões de reais), entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021, valor este que, diluído no tempo e nas empresas criadas, foi absorvido por supostas atividades de venda de noteiros (validadores de cédulas) para estações de acesso à internet, bem como locação de referidas instalações, com posterior branqueamento por empresas de veículos, construtoras e diversas outras.

Os integrantes da organização criminosa estão sendo investigados em dois procedimentos investigatórios criminais do GAECO e as cautelares deferidas pelos juízos respectivos determinaram, além das buscas, o sequestro de todos os bens dos investigados, dentre contas bancárias, veículos, imóveis e outros ativos com valor econômico.

Participam da operação 24 Promotores de Justiça, 33 servidores do Ministério Público, 40 Auditores Fiscais, 08 Delegados de Polícia, 95 Policiais Civis e 156 Policiais Militares.