EM GUAÍRA: MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS DETALHA AÇÕES DE ACUSADOS DE ENVOLVIMENTO COM OPERAÇÃO ‘PRAGA’ DO GAECO

Marginais iam as fazendas, verificavam o patrimônio e agiam com violência no momento dos roubos

A Operação “Praga”, que investiga uma organização criminosa especializada em crimes na zona rural, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (6) em Minas Gerais, São Paulo e Goiás. Ao todo, foram 16 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia, responsável pela operação, a especialidade da organização investigada é o roubo majorado e furto qualificado de tratores e implementos agrícolas. Ao menos 24 delitos foram praticados por eles.

Em Minas Gerais, foram 12 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Em Goiás, foram 4 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão, nos municípios de Bom Jesus de Goiás, Santa Helena de Goiás, Santo Antônio da Barra e Goiatuba. Já no estado de São Paulo, foram cumpridos 2 mandados de busca e apreensão em GUAÍRA.

A Operação “Praga” contou com apoio do Gaeco de São Paulo, de Goiás, de Uberlândia e de Patos de Minas, além das polícias Civil e Militar.

Organização do grupo

Ainda segundo o Gaeco no período de investigação, foram constatados 24 crimes cometidos pelo grupo na região.

“Foi um trabalho que, nesse primeiro momento durou 1 ano e meio. Hoje nós deflagramos essa primeira fase, visando desmantelar uma célula importante dessa organização criminosa”, comentou o promotor de Justiça, Cleber Couto.

De acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil de Uberlândia, Marcos Tadeu, os investigados eram organizados para desenvolver a ação criminosa. A atuação era dividida em vários passos, que vão desde a identificação das propriedades rurais, até a venda do material roubado.

“Em um primeiro momento haviam aquelas pessoas responsáveis por fazer o levantamento, comparecer às fazendas, às propriedades rurais, ver o que tinha e o que interessava. Fazia-se um link com quem estava querendo aquele tipo de produto”, detalhou.

Ainda conforme Tadeu, após essa primeira parte do processo, eles de fato agiam. “Eles preparavam o roubo, quando chegavam armados, rendiam a família, empregados, subtraiam com violência e ameaçava, esses bens, sejam tratores ou defensivos agrícolas. Eles embarcavam isso em caminhões contratados para tal, tinham pessoas responsáveis por fazer essa translado até o consumidor final”.

Na ação, foram apreendidos 1 trator com sinais de adulteração, em Goiás; 10 rádios de comunicação, 36 munições e 4 armas de fogo.

Os próximos passos, segundo o promotor Cleber Couto, é continuar investigando a organização criminosa para identificar outros envolvidos.

“Nos próximos dias o Ministério Público oferecerá denúncias em razão da prática desses 24 delitos de furto e roubo”.

Fonte: G1