EM GUATAPARÁ: POLÍCIA ESTOURA DESMANCHE DE CAMINHONETES FURTADAS NA REGIÃO

O galpão em Guatapará (SP) usado por uma quadrilha para desmanchar caminhonetes furtadas ou roubadas tinha bloqueadores de sinal de internet e celular, segundo a Polícia Civil.

O equipamento era usado para impedir que veículos com rastreador fossem localizados pela polícia, de acordo com o diretor do Deinter-3, João Osinski Júnior. O aparelho é semelhante ao usado em presídios de segurança máxima.

“Na linguagem policial, chamamos isso de chupa-cabra. O bloqueio é tão eficiente, esses aparelhos eram tão sofisticados, que eles bloqueavam um raio de um quilômetro em qualquer tipo de sinal. São equipamentos que têm vindo principalmente da China, mas de última geração. Nós já tivemos aqui em Ribeirão preto nos roubos às transportadoras de valores a apreensão desse tipo de equipamento que é justamente para bloquear sinal de celulares e os meios de comunicação da polícia, até os rádios”, afirma o diretor da Polícia Civil.

A operação que localizou o desmanche clandestino de veículos foi deflagrada na quarta-feira (13). Quatro homens foram presos em flagrante e todos têm antecedentes criminais.

No local, os agentes apreenderam rodas, caçambas e para-choques já embalados para serem entregues aos receptadores. A polícia apura agora quem são os responsáveis pelos furtos e roubos e quem são as vítimas.

“A quantidade de veículos que estavam lá sendo desmanchados mostra que isso era frequente. A Amarok, por exemplo, tinha sido roubada na cidade de Barretos no sábado (9). Era uma caminhonete com encomenda. Vejam o nível de organização”, diz o diretor.

De acordo com Osinski Júnior, policiais apuravam um roubo na zona rural de São Simão (SP), quando identificaram o galpão em Guatapará. A suspeita é de que os envolvidos desmanchavam as caminhonetes na oficina e usavam um caminhão para levar as peças até compradores em ferros-velhos.

Os quatro homens presos vão responder por receptação, adulteração e remarcação de chassi. Eles tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça nesta quinta-feira (14). Se condenados, as penas chegam a seis anos de cadeia.

Fonte: G1