EM BARRINHA: POLÍCIA INVESTIGA MORTE DE JOVEM DE 19 ANOS QUE TOMOU REMÉDIO ABORTIVO
A Polícia Civil investiga a morte de uma jovem de 19 anos que tomou remédio abortivo em Barrinha (SP). Camile Vitória Figueiredo Vianna estava grávida de 20 semanas.
De acordo com a polícia, a morte foi no dia 16 de agosto. Segundo o delegado Reginaldo Félix, de Guariba (SP), Camile passou mal. com sangramentos e vômitos, logo depois de injetar a medicação e foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barrinha.
O quadro de saúde piorou e ela foi encaminhada a um hospital de Jaboticabal (SP), onde também não disse à equipe que estava tentando abortar. Foi nessa unidade que ela morreu.
As investigações começaram na quinta-feira (18) e, segundo o delegado a menina contou com ajuda de duas amigas para comprar e aplicar o medicamento por meio de um grupo de conversas no WhatsApp. As meninas já prestaram depoimento.
“Na primeira tentativa de aborto quando ela tinha três meses de gestação, não conseguiu fazer sozinha. Por conta disso, de ela ter conseguido por esses meios ilícitos por esse grupo de Whatsapp ela solicitou auxílio para essas duas amigas, que cada uma teve sua tarefa no desempenho do procedimento”.
O delegado ainda falou que o celular da menina foi apreendido e que a vítima chegou ao grupo por meio de outros contatos. Os frascos de remédio e as seringas também estão com a polícia e vão ser periciados.
“Lá ela teve a orientação e fornecimento desse medicamento e como fazer esse procedimento abortivo. Tudo foi assistido pelo pessoal desse grupo, que agora também está sendo investigado”.
As amigas de Camile e o namorado, que a polícia ainda tenta identificar qual foi a participação dele no caso, estão sendo investigados. Eles podem responder por aborto qualificado resultado morte.
O aborto é considerado crime no Brasil de acordo com os artigos 124 a 126 do Código Penal. A pena varia de um a três anos de prisão para a mulher que provocar o aborto ou consentir que outra pessoa faça.
Fonte: G1