SANTA CASA DE BARRETOS TEM DÉFICIT DE R$ MILHÕES E CANCELA ATENDIMENTO DE CONVÊNIOS MÉDICOS

O gestor Henrique Prata anunciou que a Santa Casa irá iniciar o ano com déficit de R$ 4 milhões. O hospital é considerado de alta complexidade, mas está credenciado no Estado como média complexidade, mesmo cumprindo todas as metas e após implementar o serviço de cardiologia. Segundo ele, o governo paulista repassava R$ 2 milhões para cobrir o déficit por meio de aditivos. “Agora com a mudança de governo e por não estar registrado em papel que somos de alta complexidade, aparece já em janeiro um déficit de R$ 4 milhões”, disse. “É muito triste saber que os governos passados e o que está saindo deixaram esse legado de injustiça e de maldade que só prejudicou o serviço público”, acrescentou.

NOVO GOVERNO: O gestor explicou que tem confiança no governo de Tarcísio de Freitas, mas entende que a Santa Casa terá de três a quatro meses turbulentos. “Ele precisa tomar conhecimento da situação, vamos mostrar que somos de alta complexidade e nada altera o curso da Santa Casa, mas teremos endividamento, pagamento de empréstimos e juros”, afirmou. A intenção é solicitar futuramente a estadualização do hospital. “Temos bons relacionamentos no governo do Estado, se precisar de apoio da União teremos o Mussa Calil para nos ajudar a intermediar e o Padilha que está no Governo Federal e sempre foi nosso parceiro”, destacou.

CONVÊNIOS: Henrique explicou que gradativamente a Santa Casa deixará de atender aos convênios e terá atendimento 100% SUS.  A Unimed já não atende mais no hospital e o IAMSPE seria descredenciado em 6 de janeiro. Henrique explicou que em 5 anos de sua gestão, não pagou as dívidas anteriores por entender serem injustas, abusivas e sem fundamento. No entanto, alguns credores dessas dívidas estão ganhando na justiça o direito do recebimento. “Analisei essas dívidas anteriores à gestão da Fundação Pio XII e 95% delas não tinham fundamento e exploravam a Santa Casa”, afirmou.

Para o pagamento dos credores, a justiça determinou o confisco de 40% do dinheiro vindo dos serviços privados incluindo os convênios. “Fiz um acordo para diminuir para 30% mesmo assim é muito dinheiro e acaba sobrando pouco no caixa da Santa Casa, por isso os convênios serão descredenciados”, afirmou. Segundo Henrique, a população pode ficar tranquila sobre o atendimento do SUS.

“A Santa Casa caminha para ser igual o Hospital de Amor onde todos são tratados igualmente, com o mesmo médico e o mesmo remédio, todos entram pela mesma porta”, disse. “Os médicos são comprometidos com o serviço que será único, sem diferenciar o paciente e com tratamento humanizado”, finalizou.

Fonte: O Diário de Barretos