COM REGISTRO SUSPENSO, MÉDICO SUSPEITO DE ABUSO SEXUAL EM IGARAPAVA SAI DA PRISÃO

A Justiça concedeu um habeas corpus ao ortopedista Laerte Fogaça Souza Filho, suspeito de abusar sexualmente de pacientes em Igarapava (SP).

A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condicionou a liberdade a medidas cautelares como a suspensão do registro dele no Conselho Regional de Medicina (CRM), o que o impede de exercer a profissão.

O advogado de defesa de Laerte, Matheus Queiroz de Souza, informou que ele cumprirá todas as determinações da Justiça.

Laerte, que também é vereador pelo PTB em Ituverava, foi afastado de suas funções por 90 dias, sem direito a receber salário de quase R$ 5 mil.

O ortopedista estava preso na cadeia de Guanabara desde a semana passada e foi solto na noite de sexta-feira (9).

Denúncia de abuso sexual

O médico de 57 anos foi preso em 24 de maio em Igarapava por suspeita de abusar sexualmente de uma paciente. Segundo a Polícia Civil, a vítima contou que estava em consulta no Hospital dos Canavieiros com o médico ortopedista e que ele pediu a ela que se deitasse na maca para examinar a perna direita dela.

A mulher contou à polícia que percebeu quando o médico esfregou o pênis ereto nela por três vezes durante o exame. Ao fim da consulta, a paciente deixou o consultório e procurou a polícia para denunciar o médico.

Após a denúncia, a Polícia Civil descobriu que já havia queixas de mulheres feitas em 2020 e 2022.

As denunciantes relataram que durante a consulta, o médico pediu para que elas se deitassem na maca de bruços e com as mãos para trás. Em seguida, ele se aproximou com o pênis ereto e o colocou nas mãos das mulheres ou o encostou nelas. Elas também disseram que o ortopedista massageava o pescoço delas, mas que o toque não era parecido com um exame, e sim com uma carícia sexual.

“Os boletins de ocorrência antigos contra ele têm uma similitude muito grande no modus operandi para praticar os abusos. Isso é um indício de que ele poderia estar praticando esse ato com frequência. É bem parecida a maneira como expõe as vítimas. Sempre tem a maca envolvida, um atrito, uma fricção de genitália que a vítima sempre acha estranho e percebe na hora”, afirmou o delegado Gabriel Fernando Tomaz da Silva.

Fonte: G 1