MAIS UMA CRIANÇA MORRE POR PICADA DE ESCORPIÃO EM RIBEIRÃO PRETO

Uma criança de seis anos, identificada como Kauã Silva Nunes, morreu, na noite de sábado (19), ao ser picada por um escorpião,  na casa em que vivia, no bairro Vila Carvalho, em Ribeirão Preto.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, registrado como morte suspeita, a vítima deu entrada na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas após queixa de dor intensa e súbita, com alteração do nível de consciência.

Após a realização de procedimentos e exames médicos, a equipe responsável pelo atendimento na unidade de saúde constatou como causa para tal condição um acidente escorpiônico.

Durante o tratamento, no entanto, o quadro clínico da criança piorou. As manobras de reanimação foram realizadas, porém, sem sucesso. O óbito foi constatado, e o corpo da vítima foi encaminhado ao IML.

Acidente escorpiônico

Acidente escorpiônico é o quadro clínico de envenenamento provocado quando um escorpião injeta sua peçonha através do ferrão (télson).

Os escorpiões são representantes da classe dos aracnídeos, predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo, com maior incidência nos meses em que ocorre aumento de temperatura e umidade.

No Brasil, os escorpiões de importância em saúde pública são as seguintes espécies do gênero Tityus:

Escorpião-amarelo (T. serrulatus) – com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e pela expansão em sua distribuição geográfica no país, facilitada por sua reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano.

Escorpião-marrom (T. bahiensis) – encontrado na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.

Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) – Também apresenta reprodução do tipo partenogenética. É a espécie mais comum no Nordeste, apresentando alguns registros nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) – Principal causadora de acidentes e óbitos na região Norte e no Estado de Mato Grosso.

Fonte: THMais