BIÓLOGO EXPLICA INVASÃO DE BESOUROS E COBRAS NESSA ÉPOCA DO ANO
A infestação de besouros é comum no começo da primavera. Nesta época, os insetos saem do solo em busca de um lugar para reprodução. A alta temperatura faz com que eles se reproduzam e que o desenvolvimento deles seja mais rápido. Então, a temperatura regula o tempo de vida destes insetos. Essa é a explicação do biólogo e professor Leonardo Vieira.
De acordo com Leonardo, nessa época do ano, os besouros de várias espécies têm seus ovos eclodidos, ou seja, eles nascem e tem pouco tempo para se reproduzirem. Esse início de primavera é o período onde os besouros têm alimentos disponíveis, além de ser o período de fertilidade para machos e fêmeas dos insetos. Por isso eles aparecem justamente em outubro.
O biólogo ainda reforça a alerta da Defesa Civil sobre os besouros no asfalto que provocam acidentes e explica por que isso acontece. De acordo com ele, os besouros gostam de ficar próximos de áreas iluminadas por conta do calor que as lâmpadas geram, por isso é muito comum encontrar esses insetos próximo das iluminações públicas da cidade.
“Isso é um risco para os motociclistas e ciclistas, pois o pneu não tem tração com a superfície do corpo do inseto que é feito de quitina, uma proteína rígida que escorrega bastante. Por isso a orientação é que observe os locais onde há insetos no chão e reduza a velocidade principalmente nas curvas”, orienta.
Além da visita dos besouros nessa época, temos também a aparição de muitas cobras. Na primavera, após o fim do inverno seco, iniciam-se as chuvas que são mais frequentes com a chegada do verão.
“Sempre quando há recurso disponível, os animais ficam alvoroçados para se alimentarem. E na maioria das vezes, com o início das águas, muitas cobras são arrastadas pela chuva e acabam indo para lugares que habitualmente não iriam, como calçadas e ruas”, esclarece. “Lembrando que o ser humano é quem invadiu o local natural desses animais. Onde hoje é espaço de lazer, já foi brigada de muitos animais”, completa.
Fonte: Jornal de Barretos