BARRETOS E OUTRAS 4 CIDADES DA REGIÃO SÃO ALVO DE OPERAÇÃO DO GAECO E PM CONTRA QUADRILHA QUE APLICAVA FRAUDE BANCÁRIA
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Baep) deflagraram uma operação na manhã desta terça-feira (15) contra uma quadrilha do interior de São Paulo que fraudou cerca de R$ 25 milhões de um banco digital.
As investigações apontam que o valor é resultado de ao menos 414 transações fraudulentas no Banco Inter em um período de um mês, segundo o promotor Fábio Meneguelo Sakamoto.
Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e um de prisão em: Pitangueiras (SP), Paraíso (SP), Bebedouro (SP), Barretos (SP) e Catanduva (SP). Os alvos são membros de duas famílias de Monte Azul Paulista (SP).
Dentre as apreensões estão cartões bancários, celulares, dispositivos eletrônicos, documentos e dinheiro. Além disso, foi determinado bloqueio judicial de valores, imóveis e veículos em nome dos investigados.
De acordo com Sakamoto, a quadrilha tinha como modus operandi usar documentos pessoais falsos e cartões bancários de terceiros para abrir contas falsas.
“A prisão do alvo principal foi na cidade de Bebedouro, mas ele sempre foi residente em Monte Azul Paulista. Foram localizados nessas duas residências dessas famílias que são epicentro do esquema muitos documentos de banco, próprios e em nome de terceiros, documentos pessoais falsificados que eles usaram para abrir conta falsa. Era uma quadrilha bem especializada nesse tipo de fraude, com utilização de cartões bancários de terceira pessoa”, destaca.
O promotor ressaltou, ainda, que nenhum cliente do banco teve dinheiro perdido.
“Esse prejuízo acabou sendo suportado pelo próprio banco. Os outros correntistas do banco não tiveram prejuízos com isso, então eles [criminosos] não subtraíram dinheiro da conta de outras pessoas físicas, eles ‘roubaram’ dinheiro do próprio banco, utilizando uma falha sistêmica que o banco apresentava.”
O nome da operação é em alusão ao estilo de vida dos integrantes do grupo criminoso, que, segundo o Ministério Público, ostentam padrão elevado e exibem carros de luxo nas redes sociais.
Fonte: G1 Ribeirão Preto e Franca