CASO NELSON: DETECTOR DE METAIS É USADO NAS BUSCAS POR CORPO NO RIO GRANDE, EM MIGUELÓPOLIS (SP)

As buscas pelo corpo do empresário paulistano Nelson Francisco Carreira Filho, de 44 anos, entraram no sétimo dia, na manhã desta quarta-feira (11). Nelson está desaparecido desde 16 de maio, quando foi a Cravinhos para uma suposta reunião de negócios.

Ele teria sido morto em Cravinhos por Marlon Couto Paula Júnior, 26 anos, com quem tinha negócios. Marlon está foragido, mas admitiu o crime em carta entregue por seu advogado à Polícia Civil.

O delegado que apura o caso, Heitor Moreira Assis, acredita que Nelson possa ter sido atraído para uma emboscada. Ele e Marlon tinham divergências financeiras em relação a um produto emagrecedor. Nelson era dono da marca e Marlon a utilizava.

No sétimo dia de buscas nas águas do Rio Grande, os bombeiros contaram com a ajuda de um equipamento que detecta metais na água. As buscas anteriores, sem o equipamento, se mostraram infrutíferas, diante da imensa área a ser percorrida, além de se tratar de um trecho com muitos aguapés, vegetação submersa que pode enroscar no corpo, impedindo que ele suba à superfície.

Além disso, é uma área com incidência de piranhas. O homem preso por ter jogado o corpo de Nelson em Miguelópolis, próximo ao rancho de Marlon. Felipe Miranda disse, em depoimento, que teria amarrado o corpo de Nelson a barras de ferro, para afundar mais rapidamente.

Desta forma, bombeiros de Santos, que dominam a utilização do equipamento, vieram para Miguelópolis auxiliar os bombeiros de Franca e Orlândia. O detector indica uma área onde pode haver metal submerso. Ao todo, seis mergulhadores tentam localizar o corpo de empresário.

Além de Miranda, também estão presos a esposa de Marlon, Marcela Silva de Almeida, e o gerente da empresa, Tadeu Almeida Silva. A defesa de Marlon disse que ele deve se apresentar quando se sentir em segurança.

Texto e Fonte: Adalberto Luque/Tribuna Ribeirão

Foto:Higor Goulart – Miguelópolis